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Tudo sobre Para-raios – SPDA

tudo sobre para-raios SPDA

Este periódico traz perguntas e respostas pertinentes à um assunto delicado e importante ás edificações atuais, o SPDA(Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) Aqui você vai encontrar tudo sobre para-raios – SPDA.

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O que é SPDA?

 O SPDA nada mais é do que um sistema de proteção único e exclusivo dedicado a captar correntes provenientes de descargas atmosféricas(raios), garantindo o caminho mais “seguro” para o escoamento da corrente captada até o solo.

Do que é composto este sistema?

O SPDA possui três subsistemas:

  • Subsistema de Captação;
  • Subsistema de Descida;
  • Subsistema de Aterramento.

Como funciona cada componente do sistema?

O subsistema de captação é projetado e instalado para ser o primeiro contato com a corrente advinda de uma descarga atmosférica(raio). Ele serve como uma espécie de receptor e não como ˜atraidor de raios’’(um termo erroneamente associado a ele). Portanto, este subsistema sempre se localizará na parte mais alta do volume a se proteger. O subsistema de descida será o “canal“ que interligará o subsistema de captação ao subsistema de aterramento. Composto por cabos ou barras chatas de alumínio, ou até mesmo por elementos naturais com condutividade adequada para a passagem da corrente. O subsistema de aterramento é o último elemento do SPDA, ele que irá descarregar o que foi captado para o menor potencial encontrado. Este subsistema encontra-se no chão, preferencialmente na terra e é constituído por hastes enterradas podendo ser único ou com mais de uma haste interligado por cabo de seção mínima de 50mm2.

Como é feito o dimensionamento do SPDA?

Há uma norma especifica para o dimensionamento adequado do SPDA. No Brasil, a ABNT(Associação Brasileira de Normas técnicas) de número 5419 – Proteção Contra Descargas Atmosféricas orienta todas os procedimentos técnicos desde cálculos á tamanho de bitola adequada para cabos. Desde 2015 a norma sofreu grandes alterações, sendo dividida em quatro volumes: Parte 1 – Princípios Gerais; 2- Gerenciamento de risco; 3- Danos físicos a estruturas e perigos a vida; 4- Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.

Existem lugares mais vulneráveis para a queda de raios? Locais de risco?

Essa parte do estudo é crucial para se ter ciência dos riscos e probabilidades de quedas no local escolhido. Primeiramente se faz uma avaliação de risco no local a se proteger e posteriormente com valores adequados pode-se concluir a necessidade ou não do SPDA.

Instalando SPDA no local desejado, eu asseguro a proteção contra sobretensões dos equipamentos eletrônicos dentro do volume a proteger?

Vide norma e estudos na área , o SPDA protege apenas a parte externa do volume a proteger, assim também como pessoas e animais que ocupam a mesma área protegida. Entretanto, quando há uma descarga atmosférica ou alguma outra sobretensão na rede elétrica que pode ser advinda de chaveamento, liga-desliga de motores, oscilação na rede ou até mesmo descargas atmosféricas que caem a um raio de 5km distantes do volume a proteger, o local fica vulnerável. Portanto, a proteção para descargas indiretas apenas com DPS, que foi assunto da primeira edição destas série de periódicos. Faça o download abaixo.

http://www.raiobrasil.com.br/dps-dispositivos-contra-surtos/

Toda edificação é obrigada a ter SPDA?

O órgão que fiscaliza este tipo de assunto no Brasil é o corpo de bombeiros, ou seja, como o órgão possui suas regras regionais, para cada estado há uma burocracia local. As exigências do uso de SPDA são em prédios, estabelecimentos industriais ou comerciais com mais de 1500m2 de área construída, em edificação com mais de 20 metros de altura além de áreas com risco de explosão, subestações de energia entre outras.

Como e quem recorrer para este tipo de serviço?

Primeiramente pesquise bastante no mercado, peça orientação profissional de conhecidos que já contrataram esse tipo de serviço, em seguida certifique se a empresa é cadastrada no corpo de bombeiros da localidade ou se possui a especialidade emitida pelo corpo de bombeiros reconhecendo e certificando esse tipo de serviço a empresa procurada.

Quais são as etapas para este tipo de serviço?

  • Execução

A execução do sistema começa pela contratação de uma empresa especializada em SPDA. Deve, como em qualquer outra atividade, atender a todos os requisitos (trabalhadores legais, encargos sociais em dia etc.), e que sigam as exigências de segurança no trabalho (treinamento de segurança básico, treinamento específico para trabalho em altura, NR-10 etc.). Os trabalhadores devem ser treinados e utilizar EPIs adequados a cada tarefa. A empresa deve realizar um estudo preliminar de riscos e apresentar medidas preventivas de segurança. Durante a realização dos serviços, deve-se realizar uma fiscalização permanente.

  • Controle da qualidade

O controle de qualidade começa pela especificação correta, no projeto, nos materiais com as características previstas em norma. Todos os materiais deverão ser rigorosamente vistoriados e conferidos para evitar retrabalho e problemas legais.

O que é importante a empresa contratada deixar de garantia depois dos serviços prestados?

É de suma importância que após a execução dos serviços a empresa emita um laudo técnico contendo imagens do que foi executado e constar as medições ôhmicas de cada ponto de aterramento do SPDA. Lembrando que a recomendação é que haja manutenção preventiva anualmente no sistema.

Tenho um SPDA instalado no meu prédio/indústria ou casa, porém é muito antiga a instalação, estou protegido?

Se a sua instalação foi executada antes do ano de 2015 dependendo de como foi dimensionado seu sistema as técnicas de proteção e o nível de proteção adotado há grandes chances do seu sistema estar desatualizado com a atualização feita no ano de 2015 pela norma ABNT 5419. Alguns parâmetros continuam sendo usados mas houveram alguma mudanças que é importante se manter informado. A atualização veio com mais rigorosidade dando mais ênfase no assunto, e , consequentemente com a proposta de amadurecer o assunto gerando mais confiabilidade e proteção principalmente por vidas humanas assim como o patrimônio a se proteger.

Esquemático prático dos subsistemas de um SPDA

A figura a seguir exemplifica um sistema simples para um prédio de até 20m de altura. Vale ressaltar que para cada tipo de estrutura precisa-se colher dados sobre a composição de materiais que o mesmo compõe, o perímetro, altura e se há impossibilidades para se executar o sistema. Portanto, o ideal é contratar um especialista para um estudo técnico dedicado para a estrutura a se proteger. Na figura a seguir, usou-se um captor não-natural do tipo Franklin com dois condutores de descidas cada uma acompanhados por um subsistema de aterramento independente.

Porque duas descidas e não apenas uma?

A atualização da norma vigente no volume 3 no item 5.3.3 exige que número dos condutores de descida não podem ser inferiores a dois, mesmo se o valor do cálculo do perímetro dividido pelo espaçamento para o nível correspondente resultar em valor inferior. Portanto, foi utilizado duas descidas para o escoamento da corrente captada. E a norma assegura que quanto maior o número de descidas atrelado ao cálculo de acordo com o nível de risco adotado é gerada uma maior proteção.

Quanto ao aterramento, resistência ôhmica do solo, hastes fincadas no solo, pra que servem?

Todo esse conjunto citado faz parte do subsistema de aterramento que é executado no solo e juntamente a ele há são fincadas hastes de cobre nu acompanhadas com uma caixa de inspeção. É dentro desta caixa que haverá o local para se efetuar as medições ôhmicas do SPDA. É ideal que os valores do subsistema de aterramento sejam próximos a zero para que não haja dificuldades da corrente ser dissipada no solo.

Sintonia do sistema

O sistema precisa estar com os padrões de acordo com a norma e trabalhar em sintonia para que se tenha uma proteção eficiente. Não confie o seu sistema em apenas inspeções fajutas sem embasamento técnico algum. Questione os métodos usados, exija que a empresa a ser contratada saiba aplicar os parâmetros da norma.

Saiba mais sobre como proteger seu patrimônio da maneira mais correta e confiável, clique no link abaixo para baixar um folheto informativo contendo perguntas e respostas

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El Niño pode aumentar risco de acidentes com raios no verão, diz pesquisa

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolveu uma cartilha detalhada de proteção contra raios, com base nas informações coletadas sobre as circunstâncias de morte por raio mais comuns. As recomendações devem ser seguidas durante as tempestades. Se possível, o melhor é sair da rua na hora de uma chuva forte com raios e trovoadas.

Na semana passada, o Elat divulgou uma pesquisa que mostra o impacto do El Niño sobre a ocorrência de tempestades no Sudeste durante o verão 2015/2016. Segundo a pesquisa, no próximo verão, a previsão é de um aumento na ocorrência de tempestades, em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Ao cruzarmos esses percentuais de previsão com a densidade populacional, somos levados a pensar que o número de mortes por raios no próximo verão pode aumentar se não alertarmos adequadamente a população sobre os efeitos do El Niño”, disse o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.

Os dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT) do último trimestre (agosto, setembro e outubro), já sob o efeito do El Niño, confirmam essas tendências. De acordo com o coordenador do Elat, o aumento preocupa e parece indicar que não só a ocorrência de tempestades, como a intensidade delas, aumenta em decorrência do fenômeno climático.

Por essa razão, o Elat recomenda, durante as chuvas fortes com raios e trovoadas, dentro de casa, não se deve usar telefone com fio, evitar a proximidade de tomadas, canos, janelas e portas metálicas e não tocar equipamentos ligados à rede elétrica.

Se estiver na rua, deve procurar abrigo em carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis; em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios ou em abrigos subterrâneos, tais como metros ou túneis.

Ao ar livre, evite segurar objetos metálicos longos (varas de pesca, tripés, tacos de golfe etc.), empinar pipas e aeromodelos com fio, andar a cavalo e ficar em contato com a água. Pequenas construções (tendas, barracos, celeiros), veículos sem cobertura e árvores oferecem risco e não protegem. Evite ficar no topo de morros, no alto de prédios, em áreas descampadas, em estacionamentos, próximo a cerca de arame ou embaixo de árvores isoladas.

Segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Jr., os ciclones e furacões não tem relação com o El Niño no Brasil. (Fonte: Agência Brasil)

Verão terá chuvas intensas e raios no sul e sudeste do país, aponta Inpe

O verão de 2016 terá mais tempestades e raios no sul e sudeste do Brasil. A previsão é que nas duas regiões, os temporais aumentem em 20%. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) nesta segunda-feira (16).

O motivo é o El niño, aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. Quando a temperatura dos oceanos fica maior, muita água evapora. As nuvens que se formam, se deslocam e provocam chuva.

A pesquisa levou em consideração os dados registrados a partir de 1950. O El Niño atual deve durar até o fim do verão de 2016 e ser o terceiro mais forte dos últimos 65 anos – atrás apenas de 1983 e 1998.
Na maioria dos anos, o El Niño foi responsável por tempestades intensas e concentradas somente no sul do país. Mas no caso de um El Niño muito forte, como o de agora, essas chuvas sobem e também atingem o sudeste e parte do centro-oeste, principalmente o Mato Grosso do Sul.

“O El Niño de grande densidade modifica a circulação da atmosfera como um tudo. Isso muda o padrão de movimentação no ar e muda o padrão de tempestades”, disse Osmar Pinto, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe.

As tempestades com raios já aumentaram na região sudeste. Nos últimos três meses foram registradas 480 mil descargas elétricas. Aumento de 54% em relação ao mesmo período do 2014. (Fonte: G1)