Raiobrasil Engenharia

Month: novembro 2015

Estouro misterioso acorda cariocas na madrugada

Um barulho ouvido em diversas partes da cidade do Rio agitou as redes sociais logo cedo, na madrugada desta segunda-feira. Por volta das 4h, moradores da Zona Sul, da Zona Norte e do Centro já discutiam no Facebook e no Twitter sobre o que teria acontecido — explosão e trovão eram os chutes mais recorrentes. Há relatos até de que gente em São Gonçalo e Petrópolis ouviu o tal estouro. O Alerta Rio, no entanto, não soube precisar exatamente o que aconteceu. Segundo o órgão, o responsável mais provável foi um raio.

E não foram poucos os raios que caíram nesse horário. De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), no período das 00h às 14h de segunda-feira, foram registrados 28 raios nuvem-solo (aqueles que atingem o solo e podem causar mortes) na cidade do Rio, sendo que o horário com maior incidência foi das 02h20 às 04h40min — exatamente aquele em que o barulhão acordou as pessoas. Além disso, ainda aconteceram outros 61 raios intra-nuvens (os que não atingem o solo e ficam nas nuvens, são os clarões) na cidade. A maior incidência desses foi entre 04h40 e 07h.

 “Que explosão foi aquela de madrugada, gente? Pensei que o mundo ia acabar”, disse uma usuária. Outro perguntou: “Mano, quem ouviu aquele trovão que mais parecia uma explosão de madrugada?”. “Eu vi esse raio cair quase em frente à minha casa… No bairro do Estácio… Primeiro um clarão sinistro e depois um barulho mais sinistro ainda..”, jurou um rapaz. “Desculpem, pessoal. Fui eu. Ontem comi caldo de ervilha e muita pizza de ovo… Prometo maneirar”, brincou outro, menos preocupado com a discussão.

Essa não é a primeira vez que um barulho misterioso atrapalha o sono dos cariocas no ano. No dia 8 de setembro, um ruído forte e contínuo foi ouvido em partes do Leblon, Gávea e Copacabana. Na Tijuca, no mesmo horário, houve relatos de um clarão iluminando o céu. Ninguém conseguiu identificar a origem do problema, e o mistério continuou. Entre ufólogos, houve até a suspeita de que tenha sido um Ovni (objeto voador não identificado) que explodiu. Mas, segundo o Alerta Rio, os raios, novamente, seriam os principais suspeitos de novo.

El Niño pode aumentar risco de acidentes com raios no verão, diz pesquisa

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolveu uma cartilha detalhada de proteção contra raios, com base nas informações coletadas sobre as circunstâncias de morte por raio mais comuns. As recomendações devem ser seguidas durante as tempestades. Se possível, o melhor é sair da rua na hora de uma chuva forte com raios e trovoadas.

Na semana passada, o Elat divulgou uma pesquisa que mostra o impacto do El Niño sobre a ocorrência de tempestades no Sudeste durante o verão 2015/2016. Segundo a pesquisa, no próximo verão, a previsão é de um aumento na ocorrência de tempestades, em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Ao cruzarmos esses percentuais de previsão com a densidade populacional, somos levados a pensar que o número de mortes por raios no próximo verão pode aumentar se não alertarmos adequadamente a população sobre os efeitos do El Niño”, disse o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.

Os dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT) do último trimestre (agosto, setembro e outubro), já sob o efeito do El Niño, confirmam essas tendências. De acordo com o coordenador do Elat, o aumento preocupa e parece indicar que não só a ocorrência de tempestades, como a intensidade delas, aumenta em decorrência do fenômeno climático.

Por essa razão, o Elat recomenda, durante as chuvas fortes com raios e trovoadas, dentro de casa, não se deve usar telefone com fio, evitar a proximidade de tomadas, canos, janelas e portas metálicas e não tocar equipamentos ligados à rede elétrica.

Se estiver na rua, deve procurar abrigo em carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis; em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios ou em abrigos subterrâneos, tais como metros ou túneis.

Ao ar livre, evite segurar objetos metálicos longos (varas de pesca, tripés, tacos de golfe etc.), empinar pipas e aeromodelos com fio, andar a cavalo e ficar em contato com a água. Pequenas construções (tendas, barracos, celeiros), veículos sem cobertura e árvores oferecem risco e não protegem. Evite ficar no topo de morros, no alto de prédios, em áreas descampadas, em estacionamentos, próximo a cerca de arame ou embaixo de árvores isoladas.

Segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Jr., os ciclones e furacões não tem relação com o El Niño no Brasil. (Fonte: Agência Brasil)

Dedo do Cristo Redentor é danificado por raios durante temporal no Rio

Um dos mais conhecidos pontos turísticos do Brasil, o Cristo Redentor foi danificado depois de um temporal que atingiu o Rio em Janeiro de 2014. Parte do dedo polegar da mão direita do Cristo quebrou.

Dedo do Cristo Redentor é danificado por raios durante temporal no Rio. (Foto: Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)

Dedo médio já estava danificado por raios anteriormente

40 mil raios
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em todo o estado do Rio de Janeiro caíram mais de 40 mil raios neste dia em Janeiro/2014. O órgão destaca que o monumento do Cristo é atingido, em média, por seis raios a cada ano.

Verão terá chuvas intensas e raios no sul e sudeste do país, aponta Inpe

O verão de 2016 terá mais tempestades e raios no sul e sudeste do Brasil. A previsão é que nas duas regiões, os temporais aumentem em 20%. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) nesta segunda-feira (16).

O motivo é o El niño, aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico. Quando a temperatura dos oceanos fica maior, muita água evapora. As nuvens que se formam, se deslocam e provocam chuva.

A pesquisa levou em consideração os dados registrados a partir de 1950. O El Niño atual deve durar até o fim do verão de 2016 e ser o terceiro mais forte dos últimos 65 anos – atrás apenas de 1983 e 1998.
Na maioria dos anos, o El Niño foi responsável por tempestades intensas e concentradas somente no sul do país. Mas no caso de um El Niño muito forte, como o de agora, essas chuvas sobem e também atingem o sudeste e parte do centro-oeste, principalmente o Mato Grosso do Sul.

“O El Niño de grande densidade modifica a circulação da atmosfera como um tudo. Isso muda o padrão de movimentação no ar e muda o padrão de tempestades”, disse Osmar Pinto, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe.

As tempestades com raios já aumentaram na região sudeste. Nos últimos três meses foram registradas 480 mil descargas elétricas. Aumento de 54% em relação ao mesmo período do 2014. (Fonte: G1)